A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), por meio da 1ª Subcoordenação de Questões Fundiárias e Urbanísticas do Núcleo Especializado de Direitos Humanos, realizou nesta terça-feira (14/10) uma visita técnica ao Acampamento Pedro Jorda, localizado no município de Rialma. A ação foi conduzida no âmbito da Comissão de Soluções Fundiárias (CSF) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Atualmente, 126 famílias estão acampadas em uma faixa de domínio da BR-153, em processo de luta pela reforma agrária. O acampamento é um desdobramento de uma ocupação anterior em Itapaci, e hoje é alvo de conflito fundiário em uma Ação de Reintegração de Posse movida pela Ecovias Araguaia, concessionária que realiza a duplicação da rodovia. Segundo a defensora pública Carolina Byrro, que acompanhou a visita, o intuito foi conhecer de perto a realidade das famílias e acompanhar o andamento do processo que tramita junto à CSF, em que a DPE-GO atua como custos vulnerabilis. “O objetivo da Comissão é buscar uma solução através de um acordo entre as pessoas que estão ocupando a área, sendo elas pessoas em situação de vulnerabilidade, e a empresa responsável pela área”, explicou. A atuação da DPE-GO, destacou a defensora, é voltada a garantir que os direitos fundamentais das famílias sejam observados, especialmente o direito à moradia e o acesso à política de reforma agrária. Momento de escutaDurante a visita, moradores e representantes da associação local puderam compartilhar suas demandas e expectativas. “Procuramos e pedimos soluções. Queremos a terra para produzir”, afirmou um dos acampados, que se preocupa com a necessidade de produção de alimentos saudáveis. Outro morador destacou o potencial produtivo e social do grupo: “Queremos produzir uma agricultura ambientalmente correta, que impulsione a economia local. Também nos tem a nossa sucessão, queremos diminuir o êxodo rural e fortalecer a economia da região”, ressaltou. Busca por soluçõesApós o trabalho de campo foi realizada uma reunião no Fórum da comarca de Rialma com representantes do Incra, Muncípio, Agehab, da Ecovias e com os próprios acampados. Uma nova reunião foi agendada para o mês de novembro, dando continuidade ao diálogo entre as instituições e as famílias, em busca de soluções consensuais que assegurem tanto a continuidade das obras quanto os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade. Texto e fotos: Amanda Costa (Dicom/DPE-GO).

“Um sonho de 29 anos não é de 29 dias, e hoje foi realizado”. Foi assim que a dona de casa Maria das Graças Silva, de 57 anos, traduziu a dimensão do que viveu nesta terça-feira (14/10), ao ser atendida pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), no Goiás Social promovido em São Miguel do Araguaia. Ao lado do companheiro, o vaqueiro Péricles Júnior dos Santos, de 56 anos, ela compareceu ao evento para oficializar a relação que mantêm há quase três décadas.O casal contou que, até então, o obstáculo sempre foi a ausência de recursos financeiros para arcar com os custos do casamento. Por meio da DPE-GO, eles tiveram acesso à justiça de forma gratuita, puderam formalizar a união estável existente e convertê-la em casamento. Ao ver seu antigo desejo concretizado, Maria das Graças se emocionou. “Meu sonho sempre foi casar. Hoje estamos aqui, felizes, muito bem atendidos, para realizar o esse sonho”, celebrou Maria das Graças, com brilho nos olhos.A atuação ocorreu durante o Defensoria Itinerante, programa por meio do qual a Instituição busca garantir o acesso à justiça em localidades que ainda não contam com unidade instalada. Para Péricles, a presença da DPE-GO em São Miguel do Araguaia foi fundamental para a concretização de seus planos. “A gente sempre tem que ter o apoio de alguém para poder realizar um sonho. Como a gente nunca teve o apoio de ninguém, hoje nós estamos realizando esse sonho. Muito obrigado!”, agradeceu.Um dos responsáveis pelos atendimentos feitos no município, o defensor público Saulo Carvalho David falou sobre a importância da presença da Defensoria no interior do estado e sobre a recepção e o impacto da Instituição junto à população, à mostra do que compartilhou o assistido.“O ideal é que a Defensoria Pública esteja instalada de forma definitiva, mas, quando a gente vem e pode mostrar um pouquinho dela para a população, mesmo que seja apenas a ponta do iceberg, vemos que a população fica muito satisfeita. Não só pelo serviço, em si, mas pela forma como esse serviço é prestado: com excelência, afeto e empatia. A população percebe que ela tem uma cara diferente. A Defensoria Pública é feita para acolher. É sempre muito gratificante”, afirmou.A DPE-GO segue prestando assistência jurídica de forma integral e gratuita, nesta quarta-feira (15/10), no Goiás Social de São Miguel do Araguaia. O evento ocorre no Canteiro Central de Eventos da Avenida José Pereira do Nascimento, entre os setores Oeste e Aeroporto, das 8 às 12 horas.Atuam nesta edição a defensora pública Maysa Nayanny Amorosino, o defensor público Saulo Carvalho David; os servidores João Paulo Siqueira, Humberto Gomes, Carlos Rodrigues, Jefferson Oliveira, Eduardo Ferreira, Mateus Henrique Pires, Luiz Antônio Sardinha; e as servidoras Natália Lemes e Laísa Amâncio.Meu Pai Tem NomePara a auxiliar administrativa Marcileide Ferreira, de 47 anos, o Defensoria Itinerante representou esperança. Também nesta quarta-feira (14/10), ela procurou a Instituição para obter o reconhecimento de maternidade socioafetiva do filho, de 12 anos, de quem cuida desde os três meses de idade. A assistida explica que seu intuito é garantir que, por meio da emissão dos documentos, que atualmente não possui, o menino tenha seus direitos garantidos, como o acesso à educação. Além disso, ela também busca o reconhecimento do vínculo afetivo, existente durante quase toda a vida.“Venho tentando regularizar essa situação para que eu possa ‘tirar’ os documentos dele. Logo ele faz 13 anos e vai precisar de documento de identidade para estudar em uma escola pública, por exemplo”, explicou ela. “Graças a Deus, através do Meu Pai Tem Nome, eu acho que a gente vai conseguir. Com esse programa, a Defensoria Pública está me dando uma esperança”, compartilhou, emocionada.Defensoria ItineranteCom o projeto Defensoria Itinerante, a DPE-GO busca atender, até 2027, pelo menos 40 municípios por ano, garantindo o acesso à justiça em localidades que ainda não contam com unidade instalada. Além disso, também pretende aumentar o número de atividades judiciais e extrajudiciais em 10%, em comparação ao ano anterior e realizar 90 ações itinerantes por ano. Assim, a Instituição segue seu Planejamento Estratégico para o biênio 2025-2027, expande a atuação e amplia sua presença em todo o território goiano.Texto: Carol Almeida (Dicom/DPE-GO)Fotos: Eduardo Ferreira (Dicom/DPE-GO)

Como forma de assegurar a cidadania, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) realizou educação em direitos e também a retificação de prenome e gênero durante mutirão nos municípios de Itumbiara e Caldas Novas. A ação ocorreu no sábado e também no domingo (11 e 12/10). Ao todo, quase 30 pessoas receberam atendimentos da Instituição.O mutirão ocorreu por meio do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH). Em Itumbiara, a iniciativa contou com a participação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), por meio do projeto de extensão Bicha do Interior e, ainda, do projeto Ambulatório TX do município. Já em Caldas Novas, a Instituição contou com o apoio da ONG Filhos do Arco-íris e da Pestalozzi.As rodas de conversas foram focadas na educação em direitos e os temas centrais foram relacionados à saúde da população trans. A defensora pública Ketlyn Chaves, colaboradora do NUDH, destacou que a ação foi significativa e importante para o compartilhamento de relatos pessoais das pessoas assistidas e o fortalecimento de vínculos com movimentos sociais do interior.Texto: Ludymila Siqueira (Dicom/DPE-GO)

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), por meio da 1ª Subcoordenação de Questões Fundiárias e Urbanísticas do Núcleo Especializado de Direitos Humanos, realizou nesta terça-feira (14/10) uma visita técnica ao Acampamento Pedro Jorda, localizado no município de Rialma. A ação foi conduzida no âmbito da Comissão de Soluções Fundiárias (CSF) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).Atualmente, 126 famílias estão acampadas em uma faixa de domínio da BR-153, em processo de luta pela reforma agrária. O acampamento é um desdobramento de uma ocupação anterior em Itapaci, e hoje é alvo de conflito fundiário em uma Ação de Reintegração de Posse movida pela Ecovias Araguaia, concessionária que realiza a duplicação da rodovia.Segundo a defensora pública Carolina Byrro, que acompanhou a visita, o intuito foi conhecer de perto a realidade das famílias e acompanhar o andamento do processo que tramita junto à CSF, em que a DPE-GO atua como custos vulnerabilis. “O objetivo da Comissão é buscar uma solução através de um acordo entre as pessoas que estão ocupando a área, sendo elas pessoas em situação de vulnerabilidade, e a empresa responsável pela área”, explicou.A atuação da DPE-GO, destacou a defensora, é voltada a garantir que os direitos fundamentais das famílias sejam observados, especialmente o direito à moradia e o acesso à política de reforma agrária.Momento de escutaDurante a visita, moradores e representantes da associação local puderam compartilhar suas demandas e expectativas. “Procuramos e pedimos soluções. Queremos a terra para produzir”, afirmou um dos acampados, que se preocupa com a necessidade de produção de alimentos saudáveis.Outro morador destacou o potencial produtivo e social do grupo: “Queremos produzir uma agricultura ambientalmente correta, que impulsione a economia local. Também nos tem a nossa sucessão, queremos diminuir o êxodo rural e fortalecer a economia da região”, ressaltou.Busca por soluçõesApós o trabalho de campo foi realizada uma reunião no Fórum da comarca de Rialma com representantes do Incra, Muncípio, Agehab, da Ecovias e com os próprios acampados.Uma nova reunião foi agendada para o mês de novembro, dando continuidade ao diálogo entre as instituições e as famílias, em busca de soluções consensuais que assegurem tanto a continuidade das obras quanto os direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade.Texto e fotos: Amanda Costa (Dicom/DPE-GO).

Palmeiras de Goiás recebe mais uma edição do Defensoria Itinerante, neste sábado (18/10). A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) chega ao município para ofertar assistência jurídica gratuitamente durante o evento Deputados Aqui, promovido pela Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Os atendimentos ocorrem no estacionamento da Igreja Assembleia de Deus Madureira (Avenida Rui Barbosa), das 8 às 17 horas.Com o Defensoria Itinerante, a DPE-GO busca atender, até 2027, pelo menos 40 municípios por ano, garantindo o acesso à justiça em localidades que ainda não contam com unidade instalada. Além disso, também pretende aumentar o número de atividades judiciais e extrajudiciais em 10%, em comparação ao ano anterior, e realizar 90 ações itinerantes anualmente. Assim, a Instituição segue seu Planejamento Estratégico para o biênio 2025-2027, expande sua atuação e amplia sua presença em todo o território goiano.Confira os serviços ofertados:- Atendimento e orientação jurídica em geral;- Divórcio consensual;- Divórcio sem acordo, sem filhos menores e sem bens;- Dissolução de união estável (consensual);- Reconhecimento de união estável com conversão em casamento;- Acordo para regularização de guarda;- Acordo para regularização de pensão alimentícia;- Reconhecimento de paternidade/maternidade (biológica e socioafetiva);- Realização gratuita de exames de DNA para reconhecimento de paternidade/maternidade;- Pedido judicial para correção de certidões (certidão de nascimento ou casamento);- Pedido judicial para alteração de prenome e gênero de pessoas transgênero maiores de 18 anos;- Pedido extrajudicial de 2º via de certidão de nascimento, casamento ou óbito;- Pedido de isenção de taxa para emissão de RG;- Atendimento a mulheres vítimas de violência (medida protetiva/Goiás Por Elas).Para o atendimento, é necessário que a pessoa interessada tenha em mãos os seguintes documentos:- Identidade e CPF ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);- Comprovante de endereço atualizado (últimos dois meses);- Certidões de nascimento e/ou casamento;- Comprovante de renda (último contracheque/carteira de trabalho);Na falta de comprovante de renda, também podem ser utilizados para comprovar a necessidade econômica:- Comprovante de recebimento dos valores recebidos por serviços prestados como autônomo;- Extrato de benefício INSS;- Extrato de conta bancária dos últimos três meses;- Três últimas contas de energia ou de água;- Cartão benefício do governo (Bolsa Família/Renda Cidadã);- Extrato FGTS e PIS;- Extrato de negativação em órgão de proteção ao crédito (SPC/Serasa);- Consulta à restituição do Imposto de Renda (caso declare Imposto de Renda, apresentar a declaração completa dos dois últimos exercícios).Serviço: Deputados Aqui em Palmeiras de GoiásQuando: 18 de outubro (sábado)Local: Estacionamento da Igreja Assembleia de Deus Madureira (Avenida Rui Barbosa), das 8 às 17 horas.Texto: Carol Almeida (Dicom/DPE-GO)Foto: Eduardo Ferreira (Dicom/DPE-GO)

Com o compromisso voltado ao fortalecimento da defesa criminal, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) assinaram, nesta segunda-feira (13/10), um protocolo de intenções que estabelece ações conjuntas em prol da justiça e dos direitos fundamentais em processos criminais. O ato solene ocorreu no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás e contou com um Workshop que inaugurou a cooperação.A iniciativa, fruto do reconhecimento da atuação qualificada da DPE-GO na área criminal, marca a criação da Estratégia Estadual de Defesa Criminal, que prevê a realização de pesquisas aplicadas, criação de protocolo de atuação conjunta e a construção de políticas públicas voltadas à garantia de direitos e à prevenção de injustiças penais. O acordo também estabelece a promoção de eventos formativos com diferentes atores do sistema de justiça e sociedade civil em torno de debates qualificados sobre o Direito Penal e Processual Penal.A mesa diretiva da cerimônia foi composta pelo diretor da Escola Superior da DPE-GO, defensor público Domilson Rabelo da Silva Júnior, o diretor tesoureiro da OAB-GO, David Soares, o diretor da Escola Superior de Advocacia (ESA-GO), Rodrigo Lustosa Victor, o presidente da Comissão Especial de Direito Penal Econômico da OAB-GO, Gilles Gomes, e o presidente da Comissão de Direito Criminal da OAB-GO, Carlos Márcio Macedo.Durante a solenidade, Domilson Rabelo Junior destacou o futuro projetado pela cooperação institucional. “Esse momento é uma semente que se planta, em que prospectamos um debate jurídico, acadêmico, profissional, técnico, nas melhores perspectivas daquilo que a gente pode nomear como sistema de defesa”, frisou o defensor público.Representando o presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, o diretor tesoureiro da instituição David Soares ressaltou a importância da parceria. “É a união dessas instituições, como a Defensoria Pública, as Comissões que estão aqui e tantas outras, que vão realmente encontrar pelo menos um pouco de alento para a Advocacia Criminal”, afirmou.O que prevê o acordo?Como encaminhamentos imediatos, o acordo prevê a criação de um Grupo de Trabalho interinstitucional para levantamento e tratamento de dados relevantes sobre a realidade penal em Goiás, além da preparação para um Congresso Estadual de Ciências Criminais em 2026, que reunirá defensoras e defensores públicos, advogados, magistrados, pesquisadores e sociedade civil.A longo prazo, a cooperação permitirá maior integração entre Defensoria Pública e advocacia no enfrentamento de falhas processuais e na busca por um sistema de justiça criminal mais justo. Tais iniciativas estão em consonância com o papel institucional da ESDP/DPE-GO, especialmente a promoção contínua da formação técnico-acadêmica, o estímulo à pesquisa aplicada e o fomento ao diálogo interinstitucional.Ação inauguralComo primeira iniciativa da cooperação foi realizado o Workshop “Práticas Defensivas e Garantias Processuais: um olhar sobre a jurisprudência do STJ”, ministrado pelo advogado criminalista Dr. David Metzker, mestrando em Direito Penal Econômico e Macrocriminalidade pelo IDP/Brasília. A atividade concentrou-se na análise de estratégias defensivas e na compreensão da atuação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em matéria criminal.O encontro apresentou um panorama prático sobre o uso do habeas corpus e incluiu a apresentação de dados sobre as concessões realizadas pela Corte. “Falamos sobre o dia a dia do STJ envolvendo como formular e utilizar um habeas corpus para tentar aumentar a chance de êxito na atuação. Em seguida, o foco foi direcionado ao estado de Goiás, revelando as concessões dos pedidos com origem local, tanto feitos por advogados particulares, quanto pela Defensoria Pública”, afirmou Metzker. Para o advogado, “os números apresentados mostram que a atuação da Defensoria tem sido bastante considerável”.Texto e fotos: Amanda Costa (Dicom/DPE-GO)

Realidade de acampamento em Rialma é verificada pela DPE-GO junto à CSF